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Mostrando postagens de julho 17, 2011

Elaborando o luto

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O sentimento da morte – o luto – nos provoca, nos dá nos nervos, como dizem alguns. Seja da mais incômoda apatia, até as inevitáveis cenas de explosões agressivas. Falo isso caro leitor, por ter recentemente passado por esse viés. Mais exatamente, há um mês, no dia 17 de junho de 2011, quando perdi minha avó: Júlia Rosa Rodrigues, aos 94 anos esbanjava vitalidade. Além de um grande conhecimento pelas coisas, queria sempre mais. À frente de seu tempo, ou melhor, à frente de muitos jovens, era possível conversar com ela sobre diversos assuntos, sejam eles os mais polêmicos, sempre tinha uma palavra especial que fazia com que refletíssemos sobre nossas próprias posições. Eram sempre temas que para a maioria poderia levantar preconceitos, ela não, sabia enfrenta-los, dominá-los como ninguém. Além de uma grande mãe, símbolo marcante dentro da psicanálise, deixa o lugar vazio, sem ocupações precedentes, mas deixa lembranças e as mais gratas possíveis. Por mais que nosso inconsciente teim