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Mostrando postagens de março 28, 2011

O uso abusivo de Psicofármacos

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Vivemos num momento em que a medicação tem uma grande ascensão diante da vida contemporânea. Hoje pode-se tomar pílulas para dormir, emagrecer, manter a juventude, recuperar a memória, a atenção, o desempenho sexual, atingir o bem-estar, ser mais produtivo e, ser feliz. Ao mesmo tempo, observamos que as depressões e os sofrimentos íntimos do ser humano têm aumentado cada vez mais. É verdade que entre os anos de 1960 e 1970, a depressão se estabelece no meio da medicina geral e se expande para toda a população, por intermédio da mídia. Sejam os laboratórios, as revistas, os jornais, a televisão, etc. todos cumprem seu papel de propagadores. É como se esse fosse o momento ideal para o ser humano se sentir feliz, pois o psicofármaco vem atuar como um antídoto para o mal-estar da modernidade. Num sentido contrário, observa-se um aumento de um mundo solitário, individualista, os comportamentos coletivos reduzem produzindo ainda mais um desamparo nas pessoas. É o bem-estar da auto-suficiên

Os Impossíveis da Vida

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Caro leitor, o trabalho profissional consome boa parte da vida da gente. A ele dedicamos muitas vezes toda nossa vida, em capacitações e aperfeiçoamentos. O caso da Psicanálise, que é considerada uma ética e não uma técnica, principalmente por ao se ter um manual para ensinar a praticá-la. Em nosso trabalho lidamos com a subjetividade, com o inconsciente, com uma verdade singular para cada sujeito. Trabalhamos com o falar sem censura das palavras (ao que chamamos de Associação Livre). Freud em “A questão da análise leiga” (1926) falava do poder da palavra e na exigência cautelosa do seu manuseio pela transferência (que é a relação de amor estabelecida entre o analista e o cliente e que faz com que a análise funcione), sem sugestões e concessões. Garantindo uma escuta atenciosa e cautelosa que faz toda a diferença. Freud também em outra ocasião coloca-nos o quão é difícil além de analisar, também o educar e o governar. Ambos apontam para uma complexa rede de processos culturais, pois