O uso abusivo de Psicofármacos
Vivemos num momento em que a medicação tem uma grande ascensão diante da vida contemporânea. Hoje pode-se tomar pílulas para dormir, emagrecer, manter a juventude, recuperar a memória, a atenção, o desempenho sexual, atingir o bem-estar, ser mais produtivo e, ser feliz. Ao mesmo tempo, observamos que as depressões e os sofrimentos íntimos do ser humano têm aumentado cada vez mais. É verdade que entre os anos de 1960 e 1970, a depressão se estabelece no meio da medicina geral e se expande para toda a população, por intermédio da mídia. Sejam os laboratórios, as revistas, os jornais, a televisão, etc. todos cumprem seu papel de propagadores. É como se esse fosse o momento ideal para o ser humano se sentir feliz, pois o psicofármaco vem atuar como um antídoto para o mal-estar da modernidade. Num sentido contrário, observa-se um aumento de um mundo solitário, individualista, os comportamentos coletivos reduzem produzindo ainda mais um desamparo nas pessoas. É o bem-estar da auto-suficiên