As melhores coisas do mundo


O filme “As melhores coisas do mundo” retrata de forma extremamente sensível os conflitos de dois irmãos adolescentes que têm que lidar com a separação dos pais, o fato do pai assumir o relacionamento com um rapaz – a questão dos novos relacionamentos no mundo contemporâneo. Desde os novos pares parentais, constituídos das mais diversas formas, seja as mães assumindo todas as funções em casa, os jovens e seus conflitos amorosos – sejam encontros e desencontros, agradáveis e dolorosos, a vivência da verdade frente às dificuldades na separação, no lidar com a falta do outro que teima em fazer falta, enfim, no contexto dos adolescentes que são informados pela separação dos pais e a nova relação homossexual do pai, desenrola todo um enredo que nos dá uma grande chance de refletir sobre questões tão atuais que esbarram em nós de alguma forma. São várias as associações de idéias que vêm a cada telespectador que assiste ao filme e dele pode tirar o melhor que há, seja através de angústias que esbarram em nós, seja pela delícia que é o viver nessa fase cheia de descobertas, principalmente quando a personagem principal – mano – encontra-se com seu professor de violão ou sua colega de escola. Uma das frases que marcaram alguns desses encontros foram: - Pra acertar a gente precisa primeiro saber o que ta fazendo de errado.
- Não é possível deixar de ser feliz quando se cresce, só mais complicado.
Em outra passagem, seu professor de violão diz a ele que se quiser de fato aprender a tocar (a arte da vida) precisa se lançar e escolher seu caminho, algo que só ele pode fazer... Quem vai ditar o ritmo e a melodia será ele mesmo!
Enfim, é muito gratificante vivenciar através do filme a vitalidade da adolescência com sua intensidade de coisas pela vida; seja no momento de angústia intensa que faz ao outro adolescente atuar de forma extrema para barrar seu sentimento de dor e deste ato a possibilidade de aceitação de novas formas de ver a vida e com mais sabedoria. O pagar pra ver, o arriscar e lançar pela vida sem medos e sem angústias, o suportar a dor e o ódio, ...
Tudo isso diante de uma mágica que é a vida e a descoberta dos encontros e desencontros que fazem parte de nossa existência e, do perdão seja a nós seja às pessoas que estão ao nosso redor.
É um bom programa pra levar o filho, o sobrinho pra ver e depois conversar, pois a simplicidade e a inteligência juntos trazem a singularidade humana com dignidade e também coragem.

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