Que mal-estar é esse?
Somos impulsionados por nossos desejos. Muitos deles estão em plena sintonia com o nosso mundo capitalista, de aquisição de bens e mais bens. Mas esquecemos que depois de um certo tempo em que adquirimos determinado bem, o vazio se apresenta. Aliás, ele não deixou existir. Ele só ficou um pouco esquecido enquanto nos distraíamos com aquilo que achávamos que iria nos suprir. Até as pessoas são colocadas nesse status de objeto.
Pois é meu caro, é o que sempre nos acontece. E esse vazio, para quem não sabe compreendê-lo ou aceita-lo, este se torna apavorante, pois é uma angústia que pode avassalar os mais desavisados. Outro dia atendi uma jovem de 17 anos que dizia que o namorado havia terminado com ela e, o desespero por não aceitar o rompimento. Começou a desenvolver atitudes e idéias de autoextermínio. O uso abusivo de psicofármacos é tão presente que o faz como se tomasse um copo d’água! Só pelo fato de anestesiar-se diante do vazio de não ter o namorado do seu lado. Puro capricho! Outro fato interessante foi relatar que seu maior desejo é se matar por ele para que este sinta o peso da culpa por sua morte.
E não me canso de voltar a Freud, que já dizia que nós seres humanos temos a pulsão de morte dentro de nós e isso é que faz com que fiquemos com um incômodo mal-estar atormentado pela ambivalência do amor e do ódio. E a agressividade manifestada por essa cliente é um exemplo típico da pulsão de morte. São histórias passionais que não cessam de repetir em nosso meio. Sempre com finais mais e outras menos trágicos, mas sempre fazendo com que nos perguntemos até onde vai nossos limites? Até onde podemos ser reconhecidos como seres humanos e não como animais? Lembro que é importantíssimo pensarmos que o que nos separa do animal e nos aproxima do humano é a cultura. Seguimos determinadas leis que regem nosso funcionamento e que nos coloca numa posição de eterna insatisfação. E a solução para esse mal-estar muitas vezes pode estar no trabalho, no amor, nas drogas, na loucura,... sem garantias de felicidade. Pensemos sobre isso!
Pois é meu caro, é o que sempre nos acontece. E esse vazio, para quem não sabe compreendê-lo ou aceita-lo, este se torna apavorante, pois é uma angústia que pode avassalar os mais desavisados. Outro dia atendi uma jovem de 17 anos que dizia que o namorado havia terminado com ela e, o desespero por não aceitar o rompimento. Começou a desenvolver atitudes e idéias de autoextermínio. O uso abusivo de psicofármacos é tão presente que o faz como se tomasse um copo d’água! Só pelo fato de anestesiar-se diante do vazio de não ter o namorado do seu lado. Puro capricho! Outro fato interessante foi relatar que seu maior desejo é se matar por ele para que este sinta o peso da culpa por sua morte.
E não me canso de voltar a Freud, que já dizia que nós seres humanos temos a pulsão de morte dentro de nós e isso é que faz com que fiquemos com um incômodo mal-estar atormentado pela ambivalência do amor e do ódio. E a agressividade manifestada por essa cliente é um exemplo típico da pulsão de morte. São histórias passionais que não cessam de repetir em nosso meio. Sempre com finais mais e outras menos trágicos, mas sempre fazendo com que nos perguntemos até onde vai nossos limites? Até onde podemos ser reconhecidos como seres humanos e não como animais? Lembro que é importantíssimo pensarmos que o que nos separa do animal e nos aproxima do humano é a cultura. Seguimos determinadas leis que regem nosso funcionamento e que nos coloca numa posição de eterna insatisfação. E a solução para esse mal-estar muitas vezes pode estar no trabalho, no amor, nas drogas, na loucura,... sem garantias de felicidade. Pensemos sobre isso!
O vazio. Exatamente, ele só é esquecido, momentaneamente.
ResponderExcluirTem gente que diz que é falta de fé, falta de Deus. Tenho Deus muito presente na minha vida desde sempre. Tenho uma fé, que ora está forte, ora mais fraca, mas nunca, jamais deixou de existir. Tenho vontade de viver. Confio. Mas o vazio não vai. Eu só me esqueço dele. E aqui está, pousado sobre o peito de novo. Tudo porque quem deveria estar preferiu ficar em casa hoje. E eu o amo, mas o odeio por não conseguir suprir esse vazio meu. Sim, esse vazio está aterrorizante. Não consigo ficar sozinha, começo a pensar besteiras... e me sinto rejeitada. Porque ele não veio, porque eu estou sentada aqui, nesse frio, digitando sozinha numa sala? A TV nem está ligada como normalmente fica, só pra dar impressão de companhia. Mas ao contrario dessa jovem, não é apenas por não ter o namorado do meu lado. Momentaneamente. É por tudo. Por todas as vezes que eu tenho pessoas à volta e não me sinto 'completa', ainda falta. O vzio aqui é causado pela sensação de abandono. E que esse abandono seja fixado, seja permanente.
A solução do meu mal estar pode morar proximo, pode estar aqui, mas não dura muito. Estou bem, estou mal. Você está comigo, e agora não está, e não sei se vai voltar. Capricho? Também.
Tudo pode ser saciado, mas momentaneamente... e sem garantias.
Desculpe, sei que meu comentário não fez muito sentido, foi meio brain storm.
ResponderExcluirA atividade cerebral tá intensa demais. rs Mas gostei daqui. :]
Beijos
É fantástico seu comentário! Presentifica pela escrita sua angústia, que é de todos nós! O vazio, faz parte de nós! É preciso saber lidar com ele e com essa instabilidade que pode ser avassaladora. Tudo faz sentido! Nós é quem damos o sentido pra coisa. Procure dar sentido pra sua vida e que ele seja bem a seu favor. Quanto às buscas, cada um busca da forma que lhe convém. Cabe lembrar que nem sempre podemos encontrar algo que nos preencha. É preciso aceitar o buraco. Abraço
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