Metodologia em Ato


Ontem em Manhuaçú participamos de mais um Fórum Regional de Saúde Mental, onde abordei sobre o livro “METODOLOGIA EM ATO” de Antonio Teixeira (2010) que relata uma pesquisa realizada em vários CAPS de MG, com o objetivo de investigar os modos de funcionamento dos CAPS, dando ênfase à ABORDAGEM DOS IMPASSES, OS EFEITOS PRODUZIDOS PELA APLICAÇÃO do dispositivo de CONVERSAÇÃO CLÍNICA. Além de um pequeno esboço teórico da saúde mental nos anos 70 (priorizando a ideologia da hospitalização), nos anos 80 (a criação dos ambulatórios de saúde mental), nos anos 90 (a introdução dos CAPS mudando os paradigmas: tratamento dia, oficinas terapêuticas, etc.) e agora, após 20 anos dessa implantação, é possível perceber que cada instituição apresenta um projeto próprio, fazendo com que cada trabalhador tenha que aprender a conviver com uma diversidade desguarnecida de um princípio norteador comum.
O autor trata também da crescente hegemonia do discurso psiquiátrico contemporâneo, onde o saber está em avaliações de orientação estatística, produzindo uma exclusão da subjetividade do paciente, pressionados pela indústria farmacêutica que tipifica a doença mental, promovendo cada vez mais o consumo de medicamentos.
É interessante que durante o decorrer do livro é possível visualizar o quão é importante a criação e avaliação dos efeitos de um ambiente de produção de conhecimento e questionamento permanente do modelo de atendimento em saúde mental, e que esse modelo é a CONSTRUÇÃO DO CASO CLÍNICO, como desafio para as dificuldades enfrentadas pelos profissionais no cotidiano de trabalho, quanto pelas discussões clínicas, dos impasses do tratamento e o encaminhamento desses pacientes na rede, ou seja, CRIAR UM AMBIENTE DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO E QUESTIONAMENTO PERMANENTE DO MODELO DE ATENDIMENTO EM SAÚDE MENTAL.
Mais informações e artigos relacionados ao tema, procure: www.clinicaps.com.br

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