O Esgotamento da vida e as drogas
Hoje estava lendo uma parte do livro do Padre Fabio e do Gabriel Chalita, “Cartas entre Amigos” que me fez refletir um pouco sobre o momento em que acabamos de viver que é o carnaval – nossa maior festa. Retratada pelo mundo afora, através das nossas diversões, as brincadeiras, os foliões, os blocos, sempre com muita gente que sabe se divertir.
Também temos um outro lado, de esgotamento da vida roubada, de jovens que se divertem sem as devidas considerações pelas escolhas que fazem, das desonestidades afetivas, entregam-se ao nada. São muitas as festas fartas de vazios de significados. Bebemos para esquecer e amamos sem amor na busca de preencher o nada da vida. Nosso vazio sempre mostrando sua cara, seu buraco.
Tive oportunidade de presenciar, recentemente em uma determinada festa de pré-carnaval, situação que me fez lembrar num grande filósofo Hegel que chamava de Espírito do mundo, a uma rede de relações sem fim. Dizia ele que o homem não pensa, é o espírito que pensa através dele. A ideia, o espírito do mundo, ao alienar-se, esquece-se e perde-se em si mesmo, torna-se outra... ou seja, muitas das vezes as pessoas acabam se envolvendo em processos de extrema violência, como o consumo de drogas para pertencerem a determinados grupos ou conceitos pregados pela sociedade. Assisti uma turma de jovens que dividiam uma porção de cocaína sem nenhum receio de serem abordadas por alguma autoridade policial. Parecia algo rotineiro, banal. Difícil inclusive de fazer uma análise daquele momento, até porque, o momento presente é parte de uma verdade, mas a totalidade do que somos não cabe no presente. Drogar-se é um jeito de fugir das realidades difíceis, de tentar suportar os limites estabelecidos, os problemas surgidos. Estamos no mundo para nos relacionar, não para nos destruir. Os jovens têm que perceber que há outras possibilidades além da droga; e não são só as ilícitas. Tem também as lícitas (álcool e cigarro) que podem destruir muito mais a pessoa. Como diz uma colega de trabalho, sempre vamos encontrar pessoas que sabem usar drogas lícitas e ilícitas e, também aquelas que não sabem usar e acabam enveredando para um caminho da marginalidade, das doenças, desesperos e dependências. É preciso saber administrar os medos existentes, para que possamos viver mais e melhor... continuo numa próxima oportunidade esse assunto.
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