Nosso inconsciente e o amor

Existem momentos em nossas vidas que passamos buscando entendimento para determinadas atitudes que vivenciamos seja pelos outros conosco, seja de nós mesmos com os outros. São os equívocos que nosso inconsciente teima em mostrar pro mundo e principalmente pra gente. Nossa experiência inicial, de nascimento, deve ser terrificante, um desamparo absoluto, forçado a sair de um ambiente totalmente harmonioso, aconchegante, dependente do outro que cuida de nós. Essa experiência deve ser de certa forma vir em nossas mentes em algumas situações. Penso isso pois, muitos de nós, quando terminamos alguns relacionamentos passamos por situações tão terríveis, de sentimentos que parecem insuportáveis, sem sentido lançando-nos em passagens ao ato, às quais podem produzir mais sofrimento pois agimos em lugar do pensar, fazemos em lugar do sofrer, acabamos com tudo para evitar a dor, o luto pela perda que parece insuportável nos provoca, em nosso íntimo, sentimentos muitos deles, perversos, que desejamos até livrar-se daquele ou daquela que nos contraria, nos abandona. É logico, que como vivemos numa cultura, não podemos dar lugar ao desejo agressivo ou de morte contra o outro. Devemos ter cuidado com nossos caprichos. Seria uma loucura, o nosso inconsciente a céu aberto, sem repressão ou recalque, levando-nos aos atos impulsivos. O amor, esse sentimento tão grandioso e buscado por todos não pode ser sem renúncias, sem sacrifícios. O caminho do amor é estreito, podemos encontrar pedras que precisam ser ultrapassadas. Gosto muito de usar como metáfora, o garimpeiro, que procura a pedra preciosa através da lama, da dureza do terreno. As mãos se ferem, a dor é suportável porque há esperança do encontro. Para chegar ao ouro ou às pedras preciosas é preciso ter os dedos feridos pelas pedras comuns. Como o garimpeiro, não podemos nos prender aos medos do caminho. É preciso investir no movimento da busca. Com a descoberta, o sorriso aparece fazendo esquecer e superar toda a dor que marcou aquele caminho; é o impulso, a coragem para prosseguir. O amor sempre sobrevive às buscas, com paradoxos da presença e da ausência. Sigamos nossos caminhos...

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