O que a Psicanálise tem a nos dizer da angústia em nossas vidas

Movido pelo desejo de produzir algo que pudesse tocar no leitor, peguei a caneta e o papel e segui deslizando meu pensamento pela escrita ao perceber que uma frase me chamava a atenção, inclusive como sugestão para tal desenvolvimento: "A vida é em geral alegre. O que nos torna injustos em relação a ela é que a alegria não é recordada. Ao contrário, a inquietude, essa permanece", Jean Paulhan. Estamos sempre queixosos. Esquecendo dos momentos de alegrias. Os pensamentos negativos, ruins... e com isso o pessimismo se torna presente e a angústia se instala. Sentimento esse que faz com que pensemos que o mundo à nossa volta está ameaçado e assim não conseguimos discernir e compreender o que se passa. Tal sentimento de angústia é diferente do medo, que sabemos exatamente o que é. Lacan define a angústia como um afeto, especial, que "tem estreita relação de estrutura com o que é um sujeito". Sendo ele da ordem de uma perturbação e não de um sentimento, ele fala em 'objeto a' como aquele que falta e quanto mais o desejo se movimenta e a falta falta, a angústia aparece. Fenomenologicamente, a angústia é o estranho, é uma presença que faz ausência. É o horrível, o duvidoso, o inquietante que aparece de repente e, não captado pelo nosso reconhecimento. Portanto, a angústia é o real, da ordem do irredutível, que não se faz enganar...

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