Ser analista...
Ser analista não é fácil. Assumir essa posição requer muita estrutura. Ser forte. Abrir mão de muita coisa. Ficar no lugar de resto. Nessa posição, de objeto, lembro-me de uma colocação de J. D. Nasio em seu livro: ‘Como trabalha um psicanalista?’ onde faz uma analogia ao jogo de tênis, em que de um lado está o analista e do outro o paciente e a raquete sendo o desejo e a bola o objeto. Tanto paciente quanto analista jogam tênis, um jogando a bola para o outro, numa brincadeira, mas é sério, é um jogo. E, no momento que a bola se aproxima, a angústia também. É preciso saber jogar para não deixar a bola passar direto, cair. A mira é importante e isso afeta os participantes do jogo, seja no envolvimento ou não. Lembro de que escutar não é fácil. Saber levar o paciente até onde pudermos também não é fácil. E nesses momentos podem surgir as resistências que são nada mais, nada menos que o não saber o que fazer, a ignorância. É ela que leva aos momentos da falta de uma palavra esperada,